Dados do Trabalho


Título

IMPACTO NA SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: ANÁLISE EM UMA CAPITAL BRASILEIRA

Introdução

A pandemia da COVID-19 foi um período histórico de profundas transformações do cotidiano da população mundial e das relações interpessoais, com repercussões na saúde mental de grande parcela da população, inclusive dos profissionais de saúde.

Objetivo (s)

Analisar a prevalência inicial de comorbidades psiquiátricas em profissionais da linha de frente da COVID-19 e a ocorrência de possíveis impactos negativos na saúde mental evidenciados por sintomas de estresse, ansiedade e depressão.

Material e Métodos

Trata-se de um recorte de um estudo transversal, advindo de um amplo projeto de vigilância da saúde do trabalhador para identificação da COVID-19 em trabalhadores da saúde, realizado com profissionais de saúde de dois hospitais públicos (Hospital A e B) de referência no atendimento à COVID-19 em Campo Grande – MS. As coletas de dados foram realizadas de forma autoaplicada com utilização de um survey eletrônico, no período de maio de 2020 a janeiro de 2021. Foram coletados dados clínico-epidemiológicos prévios e atuais, além da aplicação das escalas Impact of Event Scale (IES) e o DASS-21 com a finalidade de investigar o aparecimento de sintomas depressivos, ansiosos ou de estresse durante o período de atendimento aos pacientes com Covid-19.

Resultados e Conclusão

Dos 554 profissionais da saúde que iniciaram o acompanhamento, 45 (8,1%) relataram alguma comorbidade psiquiátrica anterior à pandemia. Desses, apenas 16 preencheram corretamente os formulários de acompanhamento, permanecendo no estudo. Esse grupo foi composto majoritariamente por mulheres (81,3%), enfermeiros,técnicos/auxiliares de enfermagem (75%). A idade média dos participantes deste estudo foi de 44,4 anos (±11,6) e a comorbidade clínica mais frequente, a hipertensão arterial sistêmica (25%). Em relação à evolução da condição psíquica durante a pandemia, foi identificado maiores sintomas psiquiátricos em pessoas do sexo feminino. Possuir um diagnóstico psiquiátrico prévio ao período da pandemia não esteve associado com alteração dos escores de depressão, ansiedade e estresse; entretanto, possuir mais de uma comorbidade psiquiátrica mostrou relação significativa com o aumento dos escores de estresse em profissionais da saúde da linha de frente no mesmo período. Conclusão: A prevalência de comorbidades psiquiátricas nos profissionais de saúde no período anterior ao da pandemia foi de 8,1%. Durante a pandemia, os sintomas de ansiedade e estresse foram os mais frequentes.

Palavras-chave

Saúde mental; SARS-CoV-2; Trabalhadores da saúde; Linha de frente

Agradecimentos

UFMS

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Alyssa Maria Fernandes Shimizu, Bruna Parussolo Bordon, José Augusto Neto, João Pedro Nakamura Amaral, Karina Cestari Oliveira, Everton Ferreira Lemos, Antonio Luiz Dal Bello Gasparoto, Sandra Maria Valle Leone Oliveira, James Venturini, Ana Paula Costa Marques