Dados do Trabalho
Título
COVID-19 e status vacinal em pacientes que vivem com o vírus HIV atendidos em serviço de referência em Campo Grande, MS, 2020 - 2021
Introdução
A pandemia ocasionada pelo SARS-CoV-2, impactou, significativamente, diversos setores da sociedade, gerando um colapso nos sistemas de saúde em vários países. Em concomitância com esse cenário, surgiram questionamentos e preocupações sobre o comportamento desse vírus em pacientes que vivem com HIV (PVHA).
Objetivo (s)
Caracterizar e estimar a prevalência da COVID-19 em PVHA atendidos no centro de referência de doenças infecciosas e parasitárias Hospital Dia Profa. Esterina Corsini HUMAP/EBSERH de Campo Grande, MS.
Material e Métodos
Foram incluídos pacientes HIV/Aids, anterior a 2019, que fazem acompanhamento ambulatorial no Hospital Dia e que tiveram COVID-19 entre 04/2019 a 12/2021 confirmado através de RT-qPCR ou teste rápido de antígeno notificados no sistema e-SUS ou Sivep-Gripe. Foram coletados dados sociodemográficos, laboratoriais, status vacinal contra o SARS-CoV-2 e características clínicas da COVID-19, utilizando prontuário online e entrevista padronizada.
Resultados e Conclusão
Foram avaliados 600 pacientes, destes 5,8% tiveram COVID-19. Predominaram homens (60%), e média de idade de 46 anos. Eram tabagistas 29,6% e etilistas 55,5%. Cerca de 43% dos participantes completaram o 1⁰ grau escolar. Apesar de não ter ocorrido a interrupção nos serviços do Hospital Dia durante a pandemia, 60% dos participantes não realizaram o controle de carga viral e contagem de LTCD4+ em 2020. Entre os que realizaram o exame nos anos de 2020 e 2021, a média de LTCD4+ foi 626,3 células/mm³ e 670,4 células/mm³ respectivamente, com carga viral indetectável em cerca de 87% dos pacientes em ambos os anos. Quanto à gravidade da COVID-19, predominaram quadros leves (70,5%), seguido dos graves (20,5%), assintomáticos (5,8%) e crítico (2,9%). A maioria dos casos (64,7%), ocorreram antes da vacinação. Dos pacientes que desenvolveram a forma leve da doença, 58,3% não haviam sido vacinados, bem como os 71,4% que tiveram a forma grave e todos os críticos. Daqueles que tiveram a COVID-19 após a vacinação, 90,9% foram casos leves. Sobre o status vacinal, a maioria tomou 3 doses ou mais (60%), apenas um paciente não tomou a vacina. Conclusão: A prevalência da COVID-19 entre os PVHA atendidos em serviço de referência, período de 2020 a 2021, foi de 5,8%. A maioria teve a forma leve da doença e em período anterior ao da vacinação, que pode ser justificado pela contagem de LTCD4+ e carga viral indetectável, e aderiu ao esquema vacinal completando as 3 doses com reforço.
Palavras-chave
Coronavírus, síndrome da imunodeficiência adquirida, vacinação
Agradecimentos
UFMS
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado
Autores
Maria Eduarda Nonato Silva Vieira, Bianca Jaqueline Escobar Delgado, Sarah Waldschmidt Cunha, Adriana Carla Garcia Negri , Lívia Mello Almeida Maziero, Daniel Henrique Tsuha, Anamaria Mello Miranda Paniago, Sandra Maria Valle Leone Oliveira, James Venturini, Ana Paula Costa Marques