Dados do Trabalho

Título

Fatores de risco associados aos óbitos dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave ocasionados por COVID-19 na Bahia, no período de 2020 a 2022

Introdução

A vigilância da Síndrome Respiratória Agudo Grave (SRAG) foi implantada em 2009 com a pandemia pelo vírus influenza A(H1N1)pdm09. A partir disso, o Ministério da Saúde (MS) vem fortalecendo a vigilância de vírus respiratórios através da notificação e realização de exames laboratoriais dos casos de SRAG hospitalizados ou óbitos por SRAG mesmo que não sejam hospitalizados. As notificações são realizadas pelos profissionais de saúde, no sistema SIVEP Gripe, que está descentralizado para as unidades hospitalares.

Objetivo (s)

Identificar os fatores de risco associados aos óbitos de SRAG ocasionados pela COVID-19 no ano de 2020 a 2022.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo de corte transversal e para a análise descritiva foi utilizada a base de dados dos casos de SRAG notificados no Sistema SIVEP Gripe do período de 2020 a 2022. Os dados foram tabulados utilizando-se programa TabWin para análise dos dados, para a captação do número e percentual dos óbitos de SRAG por COVID-19 e seus respectivos fatores de risco (doença cardiovascular, diabete mellitus, obesidade, doença renal, doença neurológica, pneumopatia crônica, imunodeficiência, asma, doença hepática, doença hematológica, síndrome de down e puerpério).

Resultados e Conclusão

No período de 2020 a 2022 foram confirmados 81.529 casos de SRAG por COVID-19 com registro de 26.541 óbitos. Dentre os óbitos, verificou-se que 14.129 casos (53,2%) apresentaram algum fator de risco. Foi registrada a maior ocorrência de óbitos de SRAG por COVID-19 na faixa etária de maiores de 80 anos (25,3%;6722) seguida do grupo de 70 a 74 anos (3.051/11,5%). Na análise da prevalência dos fatores de risco, destaca-se a doença cardiovascular presente em 27% (3.815) dos óbitos, sendo que os maiores de 80 anos, com esta comorbidade, foram os mais acometidos, representando 28,47%. Em sequência, segue a diabete mellitus com 21,54% (3.043) e a faixa etária mais acometida foi a de 70 a 74 anos. Considerando-se que a doença cardiovascular e a diabete mellitus apresentam altas taxas de morbimortalidade na população brasileira, torna-se de grande importância a prevenção destas doenças, bem como a proteção para COVID-19 desta população, através do aumento das coberturas vacinais.

Palavras-chave

SRAG; COVID-19; Óbitos por COVID-19; Fatores de risco COVID-19.

Agradecimentos

Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e Vandinei Santos pela construção dos tabuladores do Tab Win