Dados do Trabalho

Título

INVESTIGAÇÃO DE EHRLICHIA EM CÃES COMO MEDIDA DE VIGILÂNCIA PREVENTIVA PARA HUMANOS

Introdução

Erliquias são bactérias intracelulares obrigatórias, capazes de causar doenças em aninais e humanos. As espécies E. canis e E. ewingii são responsáveis pela erliquiose canina. Enquanto, a E. chaffeensis é o agente etiológico da erliquiose humana, apesar dela também infectar cães.

Objetivo (s)

O objetivo deste estudo foi estimar esta soropositividade em cães que frequentam ou vivem no PARNA Serra do Cipó, Minas Gerais.

Material e Métodos

Um trabalho de campo foi conduzido em 2 comunidades tradicionais da região, sendo uma no interior do PARNA (Comunidade Retiro) e outra no entorno (Comunidade Quilombo Açude). Amostras de 60 cães foram coletadas de março de 2021 a março de 2022, e enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais, para detecção de E. chaffeensis pela Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI).

Resultados e Conclusão

Das 28 amostras positivas (Título > 20), 57,14% eram procedentes do Quilombo Açude, 21,43% da Comunidade Retiro e 21,43% de outros cães que vivem no entorno do PARNA e têm acesso ao seu interior. Assim sendo, a circulação da Ehrlichia foi confirmada nesta área e antecede a alguma notificação de ocorrência de casos humanos. No Brasil, a prevalência de erliquiose monocítica canina vem aumentando nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais, Alagoas, Ceará, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Uma vez que cães podem servir como animais sentinela para avaliar o potencial risco de infecção humana em nível local. A erliquiose humana pode variar de uma doença autolimitada leve a fatal por síndrome de sepse fulminante em pacientes imunocomprometidos. Assim, a sorologia para erliquiose em pacientes sintomáticos oriundos desta região geográfica, sem diagnóstico específico para outros agravos, deve ser recomendada nos serviços de saúde.

Palavras-chave

Ehrliquiose, Ehrlichia, cães

Agradecimentos

Fundação Ezequiel Dias, Universidade de São Paulo, Comunidade Parna Serra do Cipó