Dados do Trabalho


Título

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E ESPACIAIS DA MPOX NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, 2022.

Objetivo (s)

Descrever aspectos epidemiológicos e espaciais da mpox no estado do Rio Grande do Norte em 2022.

Material e Métodos

Utilizou-se planilha para consolidação das notificações recebidas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (CIEVS/SESAP-RN), plataforma Redcap e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (e-SUS Sinan). A tabulação dos dados epidemiológicos dos casos de mpox residentes no estado utilizou as variáveis: classificação, mês da notificação, município de residência, sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, sinais e sintomas, orientação sexual, coinfecção, oportunidade de notificação, tipo de notificante e forma de notificação ao CIEVS-RN. Para análise de dados e elaboração de figuras, tabelas, gráficos e mapas, utilizou-se Excel e Tabwin.

Resultados e Conclusão

Em 2022, foram registradas 569 notificações de mpox no RN, assim classificadas: 135 (23,7%) casos confirmados, 362 (63,6%) descartados, 41 (7,2%) perdas de seguimento, 10 (1,8%) prováveis e 21 (3,7%) suspeitos. O maior número de casos confirmados ocorreu no mês de agosto (37,0%). A doença esteve dispersa em sete regiões de saúde e foi confirmada em 9,6% (16/167) dos municípios, com destaque para Natal (63,7%) e Parnamirim (17,0%). A mpox acometeu, principalmente, pessoas do sexo masculino (85,2%), na faixa etária de 30 a 39 anos (34,8%), de raça/cor branca (41,5%) e parda (41,5%) e com ensino superior incompleto (21,5%). Principais manifestações clínicas: adenomegalia (71,9%), erupção cutânea (40,7%) e dor nas costas (40,0%). Orientação sexual homossexual foi declarada por 44,4% dos casos confirmados. A coinfecção HIV foi relatada por 22,2% dos pacientes e 7,4% informaram ter alguma infecção sexual transmissível (IST) ativa, como gonorreia (0,7%) e herpes genital (0,7%). A maioria dos casos foi notificada ao CIEVS/SESAP-RN oportunamente (94,8%), com 32,6% das notificações recebidas via e-mail e 63,0% realizadas pelos Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar. A mpox apresentou comportamento similar ao que ocorreu no restante do país. As ações de vigilância, preparação e resposta a surtos desta doença, desencadeadas no estado, foram determinantes para o controle epidemiológico. Esses achados são significativos para identificar o perfil epidemiológico e indicam a importância de integrar prevenção, testagem e tratamento para múltiplas infecções sexualmente associadas à mpox.

Palavras-chave

Mpox, monitoramento de casos, vigilância ativa, CIEVS, RENAVEH.

Área

Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Maria Suêly Lopes Correia Pereira, Ana Edimilda Amador, Ximenya Glauce da Cunha Freire Lopes, Simone Alli Fernandes Farias, Maria de Lima Alves, Vivianne Fernandes de Medeiros, Valeska Daliane Souto de Souza, Stella Rosa de Sousa Leal, Renata Olívia Gadelha Romero, Marcos Sérgio de Araújo Guerra, Thiago Emmanuel Araújo dos Santos