Dados do Trabalho
Título
Efeito do diagnóstico tardio do HIV na mortalidade precoce entre as pessoas vivendo com HIV/aids
Introdução
O diagnóstico tardio entre pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), caracterizado pelo estágio III e IV da OMS e/ou contagem de linfócitos T-CD4 < 200 céls/mm³, acarreta maior risco de desenvolver infecções oportunistas, e, consequentemente, aumento da morbimortalidade nessa população.
Objetivo (s)
Estimar o efeito do diagnóstico tardio do HIV na mortalidade precoce entre pessoas vivendo com HIV/aids.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo retrospectivo com PVHA maiores de 12 anos diagnosticadas entre 2009 e 2020 no Brasil. Foi realizada uma análise de probabilidade de sobrevida estimada por meio do método Kaplan Meier. Para mortalidade precoce foram considerados os óbitos ocorridos um ano após o primeiro exame de LT-CD4.
Resultados e Conclusão
O estudo demonstra que 98% das PVHA, assistidas pelo SUS, continuaram vivas após um ano de acompanhamento. Os indivíduos com contagem LT-CD4 < 100 céls/mm³ apresentaram sobrevida de aproximadamente 92% nos 12 meses iniciais; para aqueles que iniciaram o acompanhamento com LT-CD4 100-199 céls/mm³ a sobrevida foi de 97%. As estratificações de LT-CD4 entre 200-349, 350-499 e ≥ 500 céls/mm³ apresentaram maior probabilidade de sobrevida: 99%, 99% e 100%, respectivamente, no período de 12 meses.
O diagnóstico tardio é um fator preditor importante para mortalidade precoce nessa população, a ampliação da oferta da testagem e a priorização do cuidado à esta população nos 12 meses após o diagnóstico são essências para reduzir a mortalidade entre PVHA no Brasil.
Palavras-chave
Mortalidade, HIV, aids, diagnóstico tardio
Área
Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Rosana Elisa Gonçalves Gonçalves Pinho, Tayrine Huana de Sousa Nascimento, Ana Roberta Pati Pascom , Ana Cristina tayrine huana Garcia Ferreira , Romina do Socorro Marques de Oliveira , Ronaldo Campos Hallal , Maria Clara Gianna Garcia Ribeiro