Dados do Trabalho


Título

Prevalência e Desafios da Sífilis Congênita, Gestacional e Não Especificada em um Hospital Regional do RN: Uma Análise Retrospectiva entre Janeiro/2016 e Março/2023.

Introdução

Objetivo (s)

Analisar a prevalência da Sífilis Não Especificada(SNE), Congênita(SC) e Gestacional(SG) no Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho(HRAMF), entre janeiro de 2016 e março de 2023.

Material e Métodos

Estudo retrospectivo e quantitativo, feito com dados dos Boletins de Atendimento Obstétricos, disponibilizados pelo Núcleo Hospitalar de Vigilância Epidemiológica(NHVE/HRAMF) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação(SINAN) de gestantes atendidas na unidade durante o período de estudo.

Resultados e Conclusão

Durante o período analisado, foram realizados 8.653 partos. Onde 187(2,16%) apresentaram diagnóstico de sífilis. Analisando os dados por ano de ocorrência, observamos que em 2016 ocorreram 16 casos de SNE, 0 casos de SG e 12 SC, resultando em 75% dos recém-nascidos infectados por Transmissão Vertical(TV). No ano seguinte, em 2017, foram registrados 9 casos de SNE, 0 casos de SG e 8 casos de SC, uma taxa de 88,89% para TV. Em 2018, não houve registro de casos de SNE, mas foram identificados 16 casos de SG e 6 casos de SC, taxa de 37,50% para TV. Em 2019, houve 1 caso de SNE, 29 casos de SG e 24 casos de SC, representando 80% de TV. Os dados de 2020 mostram que a partir desse ano não houve casos de SNE, mas foram registrados 38 casos de SG e 34 casos de SC, correspondendo a 89,47% de TV. No ano seguinte, em 2021, foram registrados 30 casos de SG e 27 casos de SC, resultando em 90% de TV. Em 2022 foram registrados 13 casos de SG e 12 casos de SC, totalizando 92,31% de TV. No primeiro trimestre de 2023, ocorreram 10 casos de SG e 10 casos de SC, ou seja, 100% dos recém-nascidos foram infectados por meio de transmissão vertical(TV). Com base na análise dos dados do Hospital Regional do Rio Grande do Norte, entre janeiro de 2016 e março de 2023, constatou-se uma alta prevalência de sífilis gestacional (SG) e sífilis congênita (SC) ao longo desse período. Com a análise destes dados, constatou-se que embora os casos de SNE tenham diminuído a partir de 2018, as taxas de SG e SC permanecem preocupantes, mostrando que a maioria dos recém-nascidos sofrem infecção vertical. A diminuição dos casos de SNE é um ponto positivo, uma vez que a identificação correta do tipo de infecção, permite direcionar esforços e recursos para o tratamento adequado. Esses resultados ressaltam a importância de medidas preventivas e de diagnóstico precoce da sífilis durante a gravidez, visando reduzir a transmissão vertical e melhorar os resultados de saúde materno-infantil.

Palavras-chave

Sífilis; Epidemiologia hospitalar; IST.

Agradecimentos

Área

Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias

Autores

Airton Mateus Dantas Andrade, Jeane Cleide Bezerra da Silva, Vanessa Andreza da Silva Machado