Dados do Trabalho

Título

Leishmaniose Visceral em um município endêmico no interior de Pernambuco. Qual a percepção dos agentes de endemias e comunitários de saúde?

Introdução

A Leishmaniose Visceral Humana (LVH) apresenta evolução crônica com envolvimento sistêmico, o que pode resultar em um alto índice de casos fatais, especialmente em indivíduos sem tratamento ou com baixo status socioeconômico.

Objetivo (s)

Buscou-se avaliar a percepção dos Agentes de Endemias (AE) e Agente Comunitário de Saúde (ACS) em relação a Leishmaniose Visceral.

Material e Métodos

Aplicou-se um questionário semiestruturado contendo 10 questões, cada uma com cinco alternativas de múltipla escolha para os ACS e ACE. Após a aplicação do questionário foi realizada uma palestra sobre a Leishmaniose. Os dados foram analisados, tabulados e receberam tratamento estatístico, onde foi utilizado o programa EPIINFOR sendo considerados os grupos ACS x ACE estatisticamente diferentes quando P≤0,05. Após a análise estatística foi comparado os grupos e classificada a percepção dos agentes sobre o vetor transmissor e agente causador da LVH e os processos de transmissão, controle e prevenção da LVH. A pesquisa foi submetida ao Comitê de ética em pesquisa e foi registrada sob o CAAE: 59311422.0.0000.5193.

Resultados e Conclusão

De acordo com as respostas obtidas através dos questionários aplicados, a grande maioria dos ACS e a totalidade dos ACEs demonstraram conhecimento sobre a Leishmaniose. Ao compararmos a percepção dos ACS e ACE sobre o vetor transmissor, agente causador, os processos de transmissão, de tratamento, controle e prevenção da LVH, classificamos os grupos de acordo com os seguintes intervalos percentuais: ótima 90% < x ≤ 100%, bom 80% ≤ x ≤ 90%, regular 50% ≤ x ≤ 79% e insuficiente < 50%. Segundo os dados coletados, quando analisamos de forma global os resultados dos dois grupos, constatamos que os agentes ACS apresentaram uma média 75,51% (regular) com um desvio-padrão de 17,47%, enquanto os ACEs apresentaram uma média de 97,55% (ótima) e desvio-padrão de 3,46%. Diante dos resultados obtidos, é necessário o fortalecimento da Educação continuada para os ACS, onde apresentaram uma maior fragilidade no conhecimento, como também, o fortalecimento da informação para os ACE a respeito da LVH.

Palavras-chave

Leishmaniose visceral; atenção básica, saúde pública; programas de saúde.